No último fim de semana entre os dias 22 e 24 aconteceu a segunda edição do Festival Nacional Curta Pensar Filmes no município de Pintadas-BA. Um evento que tem se consolidado como importante vitrine para a produção audiovisual independente no país. Entre os nomes de destaque que compam o júri oficial, a edição contou com a participação de dois cineastas de Morro do Chapéu: Aragonez Fagundes e Elizângela DaSilva.
A participação dos morrenses no corpo de jurados representa um reconhecimento do talento e da contribuição desses profissionais para o cenário cinematográfico baiano. Figuras atuantes na produção de filmes na região de Morro do Chapéu que, junto com Murilo Santana, fundaram a produtora de cinema Vila Ventura Filmes, incluindo Morro do Chapéu no cenário nacional de produção cinematográfica.
Durante os três dias de festival, os cineastas tiveram a desafiadora tarefa de avaliar as produções inscritas, que incluíam curtas-metragens de diversos gêneros e formatos, vindos de todas as partes do Brasil; foram mais de mil inscritos, sendo selecionados 30 filmes para a mostra competitiva. A responsabilidade de eleger os melhores filmes da edição exigiu um olhar atento e crítico, valorizando a qualidade técnica, a originalidade dos roteiros e a relevância das temáticas abordadas.
A presença de Aragonez e Elizângela no júri do Curta Pensar Filmes reforça a crescente força do cinema produzido no interior da Bahia e a capacidade de seus realizadores em ocupar espaços de destaque e influência no circuito audiovisual nacional. A experiência de julgar filmes em um festival dessa magnitude, certamente, contribui para a troca de conhecimentos e para o aprimoramento contínuo da produção cinematográfica em Morro do Chapéu.
Destaque para o Cinema Baiano
O filme “Contatos Encantados”, de Xique-Xique-BA, teve uma estreia memorável em festivais, conquistando o prêmio de Melhor Ficção. Este marco é ainda mais significativo por ser o primeiro filme profissional produzido na cidade de Xique-Xique, abrindo portas para novos talentos na região. Outro destaque foi o documentário “Tá Fazendo Sabão”, da cineasta Ianca Oliveira, que recebeu o prêmio de Melhor Documentário, reforçando a força e a relevância das narrativas documentais de representatividade negra e LGBT+ produzidas na Bahia.
